Por aqui a imaginação é tipo cosmos, tão vasta quanto vazia,
Por aqui a vida descose-se pelas linhas que unem o branco dos traços ao negro da estrada,
Por aqui brilhará sempre o Sol, nunca havendo espaço para a Lua e a sua personalidade enfeitiçante,
Por aqui a realidade é um farol e o absurdo é uma caneta,
Por aqui os números de telefone recolhidos ontem à noite não passarão de um bolso cheio de papéis de pastilhas,
Por aqui a música parte da cabeça e são os dedos atentos que a vão escutando e perscrutando,
Por aqui é uma cassete antiga. E debita a fita que no momento seguinte a evita. Limitando-se a morrer a meus pés, num emaranhado imóvel e inutilizável de meio centimetro de largura. Num insignificante nó eterno, desafiante e a sorrir com ar de caso. Mas que sufoco... Que tragédia... Ainda à pouco estavam pessoas a cantar lá dentro!
Por aqui seria o Lado certo,
Por aqui também.
E por aqui?!
Penso que também...
A
coisas que fascinam (216)
Há 5 anos
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